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01 janeiro 2014

Dilemas de mulher








Acho que toda mulher, no fim das contas precisa reafirmar - se, e quando digo mulher, não me refiro a "adolescentezinha", me refiro a mulher madura, a qual já descobriu o sabor da vivência ao lado de uma mesma companhia com gosto de café, memórias de ressaca e uma sensação de quintal. Daquelas que sabe o real significado de decoro, de recate, mas nem por isso fica presa as amarras arcaicas. Daquelas que prezam a família, o laço 'sagrado' do matrimônio, a rotina e velhos hábitos. Porém acaba não se dando conta de que ela de fato não preza esse tipo de vida, e sim idealiza. Ora, casamento nada mais é do que uma junção de trapos: tudo o que restou de uma vida flexível, leve e desprendida. Algumas dessas mesmas mulheres acreditam que ter uma marido, filhos e uma casa para si ocupar é realizar um plano de vida. Meta atingida, agora posso morrer feliz! Mas, sempre ha um mas, aquele resto de café na xícara, aqueles créditos no fim do filme, aquelas últimas gotas que ficam a cair do chuveiro. Nada disso completa, nada disso supre. Porque o real sustento é a autoafirmação, é olhar no espelho, ou melhor, se enxergar e perceber que aqueles traços não basearam - se numa realização social, cultural, mas numa realização, acima de tudo, numa satisfação pessoal. Esses fios brancos não são sinais de tempo passado, não necessariamente, encare como tempo vivido. E para de fato vivê - lo, saiba que no intuito de aspirar a própria alma no reflexo dos olhos alheios, o tracejar no contornos dos seus olhos acabam de distorcer a mais nítida visão de ti.





OBS. O texto é meu. Não copie. Plágio é crime.

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