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30 junho 2014

10 coisas que ainda não fiz









1. Saltar de paraquedas

 É aquele tipo de desejo popularmente adicionado na categoria "Quem nunca?!", porque afinal, quem nunca teve vontade/curiosidade?


2. Aprender a tocar gaita

É realmente uma meta de vida aprender a tocar a tal da gaita, pois será um duplo desafio porque 1) não conheço ninguém que saiba, logo terei que assistir muuuuuitas aulas no YouTube e 2) como tenho um pequeno problema respiratório, não sei se ter escolhido um instrumento de sopro foi a melhor ideia que já tive.
                                                                        

3. Aprender a andar de skate 

Não é como "nem que seja a última coisa que eu faça", não mesmo, mas seria bem legal. 


4. Dar uma volta na montanha russa

Literalmente. Tem um 'caso' bem engraçado em relação a mim e coisas proibidas, estou preparando um Projeto para compartilhar com vocês, e então entenderão melhor. Acontece que eu não posso sequer olhar para uma montanha russa, quanto mais ... Por enquanto! Então, fico só na vontade.


5. Acampar

Culpa dos filmes norte americanos de escoteiros e suas aventuras! Já tenho ideia fixa. Eu preciso acampar algum dia.


6. Pintar meu cabelo

Também marcado na lista dos proibidos, logo, reescrito com fervor na lista do "um dia faço".

Representante perfeita para esse tópico! 

7. Sair sem dar satisfação

Não sei qual será minha satisfação com isso, mas idealizo cada segundo do dia em que poderei me dar ao luxo, ah, e como é boa a sensação!



8. Passar uma longa temporada como mochileira 

Sonho. Desde o dia em que soube o significado de uma mochila e olhei para um mapa que praticamente piscava em letras neon a palavra "Europa". Depois esse plano foi ganhando formas e orçamentos, hoje com a ideia na cabeça, a volta ao mundo como meta (cortando os exageros), desejo no coração e muita vontade nas pernas, aguardo o tempo que me brindará com os 18 anos!




9. Publicar meu livro \o/

Eu estou trabalhando nele há muito tempo, muito tempo mesmo. Faz 3 anos, no mínimo, não interruptamente, claro, caso contrário já estaria finalizado, acho. Escrever um livro não é fácil, mas publica-lo é ainda mais complicado, mas assim o farei. Um dia ...


10. Criar uma ave.

Amo animais, todos eles. Tanto é que tenho gato e cachorro em casa, além da vontade de ter mais, e nesse mais, inclui- se uma ave por ser algo diferente (pelo menos onde moro) e bonito estabelecer essa reunião pacifica em um mesmo ambiente.





24 junho 2014

Seria isso decepção?!






... É uma decepção, mais uma.


Existem pessoas que mantemos por perto sem um motivo definido, tampouco sentido. Vivemos rodeados de gente, somos vistos, não enxergados, somos ouvidos, não escutados, somos amores, não amados. Renato Russo já perguntava "Como diz "eu te amo". E eu respondo: ora, abra a boca e profira as palavras. Falar por falar, fale com o coração vazio. Porque eu acredito que amor deve ser mais sentido, demonstrado e menos anunciado. Não, esse não é texto sobre amor, ainda que se refira, nem de relacionamentos por vias e linhas. É sobre amizade, que não deixa de ser relação.
Convivo num circulo de amigos bem complexo no qual a sensibilidade reina, as declarações de amor fraterno transbordam, a compreensão é tudo, menos mútua e a cegueira sobre as necessidade dos outros se mostra fiel e digna. Se é que ha fidelidade e dignidade em atropelar o amigo, irmão, camarada. 
Sou do tipo de pessoa que pedi desculpa estando certa, que pode estar passando pela mais melancólica das fases, mas faz os outros riem, pois o sorriso do outro é mais válido do que o dela, que está sempre disponível para dar conselho, para fazer piada, para ajudar com o cálculo de matemática e as longas atividades de geografia às 00:45 da manhã, que ainda consegue colocar os casos alheios acima dos seus e contente por fazer isso, que não vê maldade nos olhos de ninguém e quer segurar "o mundo" pela mão, acarinhá-lo nos braços, tomar todas suas dores e lhe mostrar só o que ha de bonito, os sofrimentos vai ensinando aos poucos, mostrando com cuidado, afinal eles, que são compactuados como "o mundo" merecem todo o cuidado pois são especiais, são meus amados. E eu faço tudo isso, sempre fiz e farei até que minha cara esteja calejada demais para aguentar mais um baque, ou até que minha quota de "ser idiota" se esgote, pelo simples fato de que eu amo meus amigos. Em contrapartida, eles, "o mundo" se permitem a capacidade de serem endeusados mesmo estando errados, de me reprimir para se sentirem bem consigo mesmos, pedirem conselhos, nas horas mais impróprias e copiar minhas respostas sem pudor, explorar minha inocência para abusar e ainda caçoam dos meus braços, do meu colo, do meu cuidado. Afinal, o que menos precisam é de mim. Ah, mas eles me amam!  

E que Deus me defenda se alguém desconfiar que esse texto tem endereço.


Desafio Literário 2014/Junho #2







Doidas e Santas - Martha Medeiros
✰✰✰ - Bom

A principio, quando li a sinopse fiz uma construção mental da  estrutura desse livro: imaginei casos cotidianos contados de forma crítica, sequencial e que dialogassem entre si. Doce e tenra ilusão, literalmente. O que me despertou para lê-lo foi a palavrinha mágica que me compra, leva embrulhada e pode devolver com quaisquer danos: crônica. Sinceramente, não sei decidir se a favorito em relação a poesia, ou vise e versa, é um amor compartilhado e dividido altruisticamente. Além do mais, o título é um convite a parte, principalmente para mentes paradoxais como a minha. 

A introdução é um show. Digna de aplausos de pé, me forçando novamente a  criar uma ideia equivocada do que esperar e, logicamente, me induzindo a decepção. Disse "Pronto, de agora em diante será um derramamento de tiradas inteligentes e um balsamo de melancolias diárias. Como não gostar?" 
Não deixou de ter tiradas inteligentes, além de críticas inteligentes e metáforas inteligentes, o sarcasmo predispõe essa capacidade nobre de brincar e ser fantástica com as palavras.




Citações de Vinicius de Morais, Cazuza e outros poetas rondam por entre as crônicas e as salvam. O que seria de uma boa escritora, sem uma boa referência? Ah, seria só uma pessoa que observa e 'saca' alguns fatos e os repassa, simplesmente repassa.




Os pontos altos foram as histórias pessoais, isso é muito bom em livros. Mostra que não estamos estáticos, que não estamos lendo algo programado, mas sim algo que foi escrito por pessoas, que tem medos, anseios, fraquezas, objetivos e histórias para contar. Quando isso acontece as letras sambam para gritar que estão vivas e vividas, não que precisasse, mas por contentamento - e eu sambo com elas -; e também a metalinguagem. Duas possibilidades que me despertam satisfação em ler. A situação de o autor saber envolver - se com o texto a tal ponto de deixar transparecer a sua cara, sua carapuça e ainda brincar com isso e deixar claro como e porquê ele está fazendo isso nos textos.



A escrita dela é bem legal, sensível e contagiante mas não inovadora. Pode ser que eu esteja tão envolvida com cronistas e crônicas com gostos tão semelhantes que quando recebo mais do mesmo já não perceba algo de diferente acetinado. Além do mais, estou lendo paralelamente Rubem Braga, Fernando Sabino, entre outros. Logo, meu grau de exigência para uma boa crônica é bem alto. Porém eu gostei, gostei mesmo. Alguns trechos me fizeram balançar a cabeça em concordância como se tivesse ouvindo o melhor do rock, outros relidos com afinco, mas todos com especial carinho que banho as verdades. Só li verdades.

Recomendo o livro, merecedor de uma sexta - feira depois do trabalho, acompanhado de um CD de blues.







"Bah, guris" acabou essa resenha. "Capaz" de ter mais uma esse mês ou "chega pra ti" ?! #ValorizarLiteraturaNacional


19 junho 2014

Desafio Literário 2014/Junho #1





Toda Poesia - Paulo Leminski
✰✰✰✰ - Muito Bom
♥ - Favoritei! 


Mestre. Mestre.Mestre. Fazer a leitura desse livro foi, além de uma realização por ser meta há algum tempo, representou a consumação de uma paixão por poesia, como fã de Fernando Pessoa além de Álvares de Azevedo, e agora, Paulo Leminski. 


Ao longo do livro, em toda brecha tinha opiniões e louvores ao poeta, a ponto de me deixar insegura e sem mais o que expressar sobre o quão fantástico é esse conjunto. 
A leitura é super leve e prazerosa. Comecei e terminei hoje mesmo, bem rapidinho.

Os pontos altos, sem dúvida são: a objetividade da mensagem. Tudo que deve ser exposto é comedido e simples, tão simples quanto respirar e tão necessário quanto; os jogos com as palavras que enchem os olhos e a alma de um frescor inusitado e nos prende como se uma piscadela de distração significasse toda a desconstrução do semântico; meias palavras. Costumo aderir ao pensamento de minha maior inspiração feminina literária, Clarice Lispector, de que nada valem as meias palavras, que meias verdades não me conquistam, nem meios amores me bastam. Porém, pela primeira vez repenso esse postura em relação a poética de Leminski. É possível observar vários cortes e recortes e remendos em seus escritos e isso não tira a maestria e beleza de nenhum deles, muito pelo contrário, os tornam únicos; a necessidade de conhecimento prévio. Para alguns, penso que esse detalhe será um obstáculo, em cada canto somos apresentados a  intertextualidade, a contextualidade e interligação com outros escritores, compositores e poetas. Para a compreensão redonda e completa, é necessário ter no mínimo uma ideia do que se trata, mas nada que atenção e coerência não dê conta.

Recomendo essa obra para os já conquistados pela poesia, e também para os recém conhecedores dela. Embarque nesse mundo magnifico, onde, segundo o próprio Paulo Leminski, não é preciso saber os porquês, não é preciso ter um motivo. Afinal, é poesia. Toda Poesia!


"Este livro de poemas é uma maravilha, porque os poemas do Leminski são muito sintéticos, muito concisos, muito rápidos, muito inspirados. Ele é um sujeito gozado. É um personagem muito único, no panorama da curtição de literatura no Brasil. Eu acho um barato. Leminski tem um clima/mistura de concretismo com beatnik. Que é muito legal. “Verdura” é um sonho. É genial. É um haikai da formação cultural brasileira. Deve ser instigante para os poetas do Brasil o aparecimento desses novos poetas todos. Leminski é um dos mais incríveis que apareceram."
- Caetano Veloso





Um 'xero' baiano para o Sul, e em especial Curitiba! #ValorizarLiteraturaNacional






Clicando [aqui] vocês encontrarão trechos do livro que mais gostei na minha conta SKOOB.

Sobre Junho







Vidro fosco. Estou constantemente passando por dias e situações e momentos e pela vida através de um vidro fosco. Sempre fui amante das palavras e adoradora dos efeitos que causam e proporcionam. Sempre lutei para tê-las em todas ocasiões, independentemente das circunstâncias. Esperava dizer "Eu realmente não sei o que dizer." Por mais patético que seja, dizer que não tem o que dizer. E ouvir em resposta "Nossa, você sempre tem o que dizer". Por mais patético que seja, ficar pensando nesse tipo de diálogo. Mas enfim, queria que fosse num momento especial, que requisitasse a nobreza de roubar minha conversão de pensamentos em palavras. Poderia ser diante de uma surpresa, ou uma notícia extasiante. Só assim para poupar - me de constantes auto repressões. Aconteceu. Vem acontecendo sempre. Não sei o que dizer. As pessoas me perguntam "Tudo bem?", o que responderei? Querem ter algum conselho, sugestão ou dica, o que responderei? Tudo me escapa e correm e escondem - se num local inatingível. Talvez seja por isso que faço - me ausente há um bom tempo por aqui. Perdão. Talvez seja por isso que faço - me ausente em tantas outras relações, porém as observo. Afinal, é por isso que existe o vidro fosco. E se tiverem perguntas, por favor, anexem as respostas, ou contentem - se com a retórica. Perdão.




{ Blogagem Coletiva Musical }



~ Estava com saudade de vocês. De verdade. ~ 

Bem, por motivos claros e evidentes ultimamente tudo conspira e fede a copa, a Brasil. Sim, fede. Estou ignorando de propósito algumas blogagens, adiando outras fotos, enfim, negligenciando encarar, pelo menos aqui, num local onde prezo, além de outros valores a verdade, pois respeito muito cada um de vocês que me honram com suas visitas, comentários, likes e etc. Mas, está ai. Bate na porta, na TV, no rádio e agora no blog: Vai ter copa. Está tendo copa. Brasil e blábláblá. Então se é para encarar esse fato, que não seja com birras que já não me cabem, nem com ofensas, que igualmente não me cabem. Respeito vocês. 
Consegui em algumas músicas ou não, transparecer um pouco do que vejo quando abro a janelinha do meu quarto. Sem mais, apertem o play!