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06 fevereiro 2016

Se a canoa não virar olê olê olá, eu chego lá ♬♪



Términos Carnavalescos

~ Hey foliões ~



Adeus
 Carnaval
Fevereiro

Briga
Foto com "amiga" no esquenta pré carnaval Chiclete com Banana
Briga
Quis sair no bloco da Preta Gil sozinha. Vingança. Fui
Briga
Quis ir ao ensaio da banda Eva sozinho. Foi
Briga
Resoluções de ano novo. Iriamos morar juntos até junho, me garantiu.

Janeiro

Vimos o show de fogos abraçados, pulamos as 7 ondas de mãos dadas e trocamos juras de eternidade em pleno 23:59 - 00:00. Falamos até em noivado. O champanhe estourou.

Natal em família. O trouxe em casa, ele me levou na dele. Sim, está sério. Trocamos presentes e dividimos a taça de cidra. Compartilhar é um bom sinal!

Dezembro

Esse foi o primeiro passo para um grande começo, né? Acho que sim. Transpomos a fase do oi tímido, do interesse velado, do gostar recatado. É uma evolução. Será para sempre.

Te amo
Novembro


05 fevereiro 2016

O teu cabelo não nega, mulata... Mulata eu quero o teu amor ♬♪


Relatos Carnavalescos

~ Hey foliões ~ 





- Moça, seu rebolado balançou meu coração.

Olívia ria.

- É sério, acreditaria se eu falasse estar tendo palpitação?

Olívia ria.

- Te darei um beijo ou dois, é claro, com sua autorização.

Sergio não queria fazer presunção, mas não se limitaria então

Olívia ria.

- Ah, mulata... Esse riso me ganha, bem capaz que eu peça logo a sua mão

Diria sim? Diria não?

Olivia ria.

- Estava ali, perto da corda, quando cruzei seu olhar no meu, nunca sentira tanta emoção

Precisava trocar-lhe algumas palavras, saber quem é a bela mulata que causou tanta comoção

Saiba que não foi só a mim, mulata, mas tive a convicção

Olivia ria.

- Não sei se foram teus lábios carnudos que os deixaram mudos, ou se Vênus dedicou a mim esse teu corpo, minha perdição.

Teus olhos cor de ameixa não me dão expressão.

Diria sim? Diria não?

Olivia ria.

- Pode estar pensando que é enganação, afinal, sou folião

Mas tenha certeza que não é minha intenção

Quero te fazer minha, porque tu já me tens, não tive opção. Te vi. Gamei. Paixão.

Olivia ria.

- Se não me queres, perdão. Seguirei com essa negação. Quem sabe a quarta - feira de cinzas, leve embora minha solidão.

- Não seja bobo, folião! Está a enamorar os confetes do chão?

Perguntou Seu Tião que observava a toda confissão

- Não, não! Não vê a mulata? Olha a perfeição!

- ... Pura imaginação ...

Olivia ria.

- Não pode ser! Mas que decepção ...

Um dia me cruzo com tu, mulata. Me dedicarei, me olharás. Te beijarei, me amarás. Amém. Oração

Olivia ria.

"Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval."



04 fevereiro 2016

Ó abre alas que eu quero passar ♬♪


Crônicas Carnavalescas 

~ Hey foliões ~


Ou nas já altas, observadas entornar equivalente a uma grade, por ai, atiradas e irreverentes nem precisam de uma abordagem muito elaborada. É certeiro. Ou nas retraídas, não tão bonitas, mas que valem a pena chegar. O clima de alegria, a euforia em ter sido elogiada, por um dia, pela fantasia, enrubesce as bochechas pelo resto do ano na beleza anônima e pouco cantada, a gratidão se converte em beijos, caricias e abraços. É o gabarito. 

Assim, com as estratégias traçadas, saíram atrás do trio num bloco pequeno do interior, famoso pelas bebedeiras e por conseguinte, ressacas morais das mais constrangedoras e marcantes. "Ah, é Carnaval!", "Quem não deve não teme", argumentavam os assíduos foliões, mas cidade pequena é fogo! Quem bem souber não se fia em máscaras do armarinho da Dona Cleide, todos te conhecem. Só os iguais não julgaram, os que aprontaram tanto quanto. No mais, risinhos e fofocas. 

Júlio queria inaugurar o pau de selfie, pois sim, ainda. Mari, de odalisca, apenas lantejoulas e plumas, jurava que encontraria um par. "No Carnaval, Mari!?". Insistia que sim. Fábio foi na intenção de bagunçar mesmo, queria ver rebuliço, seria o divisor de águas e de faces. Já Carlos, o líder da trupi, prometeu ser o evento inesquecível, montou o plano da conquista, reservou lugares no trio e guiou os camaradas pelas ruas estreitas de paralelepípedo. 

Bem, o Júlio foi roubado, naturalmente, mas foi cúmplice, deu o pau de selfie ao ladrão que saiu correndo ladeira abaixo. Mari beijou alguns, só que não escutou os anjos tocando arpas nem os sinos da igreja com nenhum. Não foi dessa vez. Fabio, perdeu um dente e extraiu os de outros, aquele feito lhe dera tanto prazer! Engraçado que nunca cogitou ser dentista e Carlos, ao fim do trajeto estava sem camisa, sem serpentina e sem tênis, porém com um largo sorriso no rosto. Todos muito felizes. 

Afinal, ainda que não tenha sido exatamente como planejaram, É Carnaval!


03 fevereiro 2016

Resenha - "Fim"


~ Hey ~
Outra resenha (sim! \o/) e agora para o Desafio Literário Devolva Meu Livro.


"Fim" - Fernanda Torres
★ ★ ★ ★


1. Uma palavra só no título


Queria fugir dos "Divergente", "Fallen" (...) e embarcar num cotidiano suave para esse começo de ano. Foi então que deparei - me com "Fim". Sim, belo começo! Tanto da minha lista de leituras, quanto da carreira literária da já consagrada atriz. 
Achei linda uma frase de algum anuncio "Fernanda Torres em seu novo papel: o impresso". Simples.

Li a sinopse e logo a história me comprou, quis devorar e assim o fiz. É um livro relativamente curto, em páginas, poucas, 116, em histórias, muitas, 1116. Deveriam ter sido 5 eventos dramáticos, desoladores, mas a cada morte, lembranças. As figuras e seus respectivos feitos em vida tomaram mais a cena do que os fins. Ainda bem.

A obra é dividida em 5 grandes eixos por ordem atemporal dos sepultamentos, por tanto, Álvaro faz a primeira narrativa, sendo o último do grupo a juntar-se aos mortos. O "mosca morta" deles, egoísta, medroso, simplório e brocha. Definitivamente brocha. Foi traído pela mulher, Irene e sofreu por sessões de decepções com a filha Rita, pouco dotada intelectualmente. Amargurado e sem amigos, reclamava de um tudo. Morreu por acidente.

Na sequência, Silvio, solteirão convicto e feliz. Não se conformava com regras, convenções sociais, muito menos com os amigos que aceitavam a tudo isso de bom grado. Gostava da ilegalidade, clandestinidade, bacanais, casa na Glória e drogas, de todos os tipos. Separou da Norma, esqueceu da filha Vanda, mandou o filho para o colégio interno. Caiu na esbornia, da qual só saiu morto.

Adiante, Ribeiro. O estagnado. Nunca fora, nunca mais pode ser. Sem casamentos, sem filhos. Amou 1 única mulher por toda a vida, para a qual nunca se declarou. Foi trocado, traído, descabaçou várias, apanhou (...) morreu sozinho. 

Ainda tem o Neto, marido e homem honrado, vivia dentro dos conformes, tudo dentro da lei, seus únicos pecados, eram os amigos. Célia, bem o lembrara disso. Juntos, combinavam numa vida regrada, comedida e metódica. Funcionou com eles. Filhos planejados, conversas regulares, brigas arquivadas. Ela se foi, ele um ano depois. 

E por último, o Dom Juan do quinteto, sempre tem que ter o boa pinta da turma, o galã. Ciro, era o deles. Todos o amavam. Também, como não amar? Até eu o amei! Casou com a Ruth, amor a primeira vista, avassalador, arrebatador, o casal perfeito. Perfeito até cair na rotina, até sentirem falta do desconhecido e do frisson do começo, o êxtase do descobrimento do corpo alheio. Se conheciam demais, se amavam demais. Acabou. Ambos se acabaram. 

Fernanda me surpreendeu, dei boas gargalhadas. Provem também!




Desafio Literário Janeiro/2016 - Fantasia



- Hey, terráqueos - 

Dando seguimento as resenhas atrasadas  de Janeiro, dessa vez referente ao Desafio Literário Skoob, trago um título que há tempos queria ler e foi um prazer finalmente tê-lo riscado da lista. Agora faltam os outros 4 da trilogia de 5! 



"O guia do mochileiro das galáxias" - Douglas Adams

Como uma amiga descreveu, "É tão louco e legal, e louco". De fato, e essa é a graça, a cereja do bolo do gênero Fantasia. Embora seja uma história rica, cativante, deliciosamente irônica e sarcasticamente inteligente, a loucura toda do contexto faz com que nossa mente divague, não no sentido horizontal, comum a leitores, mas no sentido de dispersar. Ao longo da leitura, em dados momentos várias imagens e cenas relacionadas surgiam a minha mente, tudo. Menos o texto. 

Várias frases e tiradas divertidíssimas, bem como, seríssimas e reflexivas, rondam essa fase 1 de destruição da Terra, a chegada de Arthur e o retorno de Fox à Galáxia. Críticas veladas e nem tanto sobre o Capitalismo, sistema político e à decadência da cultura social ficam responsáveis para frear todo o cenário fantasmagórico e surreal, pela compreensão do corruptível, fatos da sociedade, seja ela qual for,  pontuais e determinantes para o desequilíbrio e declínio da mesma, além da construção de um embasamento de organização e vida, de fato, além do nosso limitado conhecimento, que por sinal, é o mais limitado de todos os mundos. 

É possível também, com a leitura desta obra, termos contato com explicações super originais sobre questionamentos arcaicos e novas versões de cenas e histórias já conhecidas. Enfim, é embarcar numa nave de novas possibilidades, sejam elas futurísticas ou relíquias.   

É uma série famosa e que particularmente admiro muito. Então se a pedida da vez for por descontração culta e humor metafórico, esta é a opção ideal. Recomendo! 

Não entrem em pânico e tenham sempre uma toalha na mochila! 


Resenha - "Para sempre Alice"



~ Hey pessoas! ~ 

Farei com que esse ano seja recheado de livros e por consequência, o blog de resenhas e mais posts, porque 1 ano no 0 x 0 é muita coisa. Então, com força total, embarquei em 3 Desafios Literários, e a resenha seguinte é referente ao Desafio Literário SoulGeek, mês de Janeiro. Li tudo, nos conformes, mas só pude publicar a resenha por agora. Outras virão!  Desejem - me sorte! Espero que consiga transparecer meus sentimentos sobre todos os livros que virei a resenhar e que os inspire a ler!
 Mais livros, por favor!




"Para sempre Alice" - Lisa Genova
★ ★ ★ ★ ★


1. New York Times Besteseller

Assim que dei o suspiro típico do termino da leitura, aquele último suspiro, carregado de todo o peso das paginas lidas e o extra do fim. Assim que fechei o livro, resignada, avaliei mais uma vez a capa, avaliei o olhar distante e perdido da atriz, que tão bem sintetizou em uma foto, em uma postura, todo o drama silencioso, cerebral, da protagonista. Assim que tirei os óculos e contemplei, repassando mentalmente as últimas linhas, fui carregada por Lenine. Sim, essa música começou a tocar na vitrola da minha caixola. "A gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência". Essa é a grande lição que tiro deste livro belíssimo.

É triste, mas temos prazo de vida útil, é triste. Estamos de passagem. Sempre indo .. Para onde? Gerúndios nos guiam até os Imperativos. Chega. Vá. Acabe... Fim. Atentamo-nos então ao Presente, o que indica vivo, vive, vivemos. Que seja. Durante a curta distância entre um e outro, fazemos uma infinidade de atividades, descobertas e contribuições, sejam elas boas ou ruins, sejam para nós mesmos ou para com o outro. Alice, contribuiu de forma intensa e imensa, como mãe, rígida, porém amável, como esposa, companheira, como profissional, professora inspiradora e exemplar, como personagem, me passou a lição da paciência.

Não, não é esse o tema do livro, mas sim, o tema que atingiu meu coração. A cada etapa do avanço irreversível que o Alzheimer atacara a Alice, me remetia muito a questão da "inutilidades dos seres", volta e meia, "carpe diem", meia e volta, a conclusão: É preciso que tenhamos paciência com as limitações dos outros. A vida se tornou uma correria, somos ditados por ponteiros, sucessões de horas e prazos e datas e cobranças. "Tempo é dinheiro" faz cada vez mais sentido e tem cada vez menos sentido. Sentir que seu passado foi e está sendo roubado gradualmente, até não restar mais nada, não ter certeza nenhuma sobre o futuro, expectativas? Como fazê-las se a razão se esvai no segundo que  a primeira menção a metas for feita? Que vivamos o agora. Foi a conclusão que uma jovem senhora, em plenos 50 anos, diagnosticada com Alzheimer de Instalação Precoce chegou.

Três filhos bem sucedidos, sim, até Lydia. Sucesso é amar o que faz e ser feliz com isso. Um marido incrível, Jhon, pois todo e  qualquer erro foi no intuito de acertar e uma vasta lista de conquistas na carreira. Respeitável, honrada e digna de aplausos de pé, Dra. Alice Howland tem sua história contada de forma linda e encantadora por Lisa Genova.

Sim, sentimos sua falta.
Leiam, Recomendo!
Paciência - Lenine