Blá Blá Blá: Semana Saga "Múltipla Escolha"

~ Hey a todos meus leitores, mas em especial as leitoras, mulheres guerreiras e maravilhosas ~

BEM, A SEMANA SAGA DESSE MÊS SERÁ DEDICADA AS MULHERES! NÃO MULHERES PERSONAGENS, FICTÍCIAS, MAS AQUELAS QUE NOS ENCANTAM E APAIXONAM ATRAVÉS DAS PALAVRAS E TODA A SINFONIA HARMONIOSA QUE COM DESTREZA CONSEGUEM CONDUZIR DURANTE TODO O ENREDO DA HISTÓRIA. MULHERES ESCRITORAS. QUE TOCAM NOSSA ALMA COM LETRAS E QUE TRANSPARECEM EM CADA LINHA TODA A SENSIBILIDADE, SENSATEZ, DELICADEZA, ELEGÂNCIA E EMOÇÃO QUE SÓ ELA, SÓ A MULHER TEM. DITO ISSO, VAMOS A 2ª ESCRITORA E SUA OBRA:

"Mas a contradição faz parte de nós. Desejamos permanência, e destruímos a natureza. Nos consideramos modernos, e sufocamos debaixo de preconceitos. Politicamente corretos, perdemos a naturalidade e o brilho. Onerados por crenças infundadas, carregamos na mala da culpa as pedras do medo"

Era uma vez, num reino tão, tão distante habitando por milhões de pessoas, dentre elas uma jovem e bela garota... Em algum livro de conto de fadas essa história continuará com um encontro entre esse moça e um rapaz bem afeiçoado, logo se apaixonarão, subirão ao altar e terão o idealizado "final feliz." Mas, no reino não tão distante assim, chamado realidade, as programações fogem ao controle (isso é, se de fato todo nosso destino já estiver traçado), a vida, é um conjunto de imprevisões previstas - ou será a morte!? - e a palavra chave para lidar de maneira mais democrática possível com essa situação é: Escolha. Vivemos para fazer escolhas, e fazendo escolhas vivemos. São elas que nos delimitam, expandem, encaixam, deturbam, nos mostra e também esconde. É como numa imensa 'cama de gato', qualquer escolha (mudança de posição) interfere em toda a teia já composta (sociedade e interrelações).

Essa obra é fantástica desde o começo, quando Lya Luft utiliza a boa e velha metáfora do Teatro/Mundo, Vida real/Realidade da vida, Cena/Atuação, Sociedade/Platéia e Máscaras/Personalidades. Ao seja, que abram as cortinas, pois o espetáculo em preto e branco está para começar.

Cada capitulo é encaminhado para uma vereda inerente do ser humano, seja a maturidade, a fase "ter que", visão a cerca da 3ª idade, e enfim, um verdadeiro banho de experiência e críticas a coerção social.

Antes desse livro, tive contato com uma crônica dessa escritora, cujo título é "Você tem fome de quê?", isso faz cerca de 7 anos ou mais (estava entre a 4º ou 5º ano), e eu me encantei com o modo que ela se expressava e exaltava seu ponto de vista, não como verdade absoluta, claro, mas como a verdade contundente dela, do jeito que uma crônica deve ser, aliás. Pouco tempo depois, já no 7º ou º ano, me deparei com uma entrevista dela no módulo, fiquei espantada! Como uma pessoa que declara abertamente ter sido uma aluna, um vero ser sem luz, medíocre em sala de aula pode ter se tornado uma escritora tão renomada!? Vai entender... Foi então que ano passado encontrei esse livro, "Múltipla Escolha", como quem acha água no deserto, para vocês terem noção da minha alegria. Superou todas as minhas expectativas. O tema é abordado de forma leve e genial. Foi impossível ler uma página sem fazer um sinal confirmativo com a cabeça pelo menos 2 vezes, compartilhei meus mais íntimos desabafos nesse livro, consolei - me e concordei tão facilmente como um cristão diz "Amém" ao fim de uma oração. Simples assim, não porque Lya persuadiu muito bem (o que não é de todo uma mentira), mas pelo fato, de cada palavra berrar o que está em nossas caras e passam despercebidas, é o famoso "Como nunca pensei nisso antes?", ou "Ainda bem que eu não estou sozinha nessa concepção."