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03 fevereiro 2016

Resenha - "Fim"


~ Hey ~
Outra resenha (sim! \o/) e agora para o Desafio Literário Devolva Meu Livro.


"Fim" - Fernanda Torres
★ ★ ★ ★


1. Uma palavra só no título


Queria fugir dos "Divergente", "Fallen" (...) e embarcar num cotidiano suave para esse começo de ano. Foi então que deparei - me com "Fim". Sim, belo começo! Tanto da minha lista de leituras, quanto da carreira literária da já consagrada atriz. 
Achei linda uma frase de algum anuncio "Fernanda Torres em seu novo papel: o impresso". Simples.

Li a sinopse e logo a história me comprou, quis devorar e assim o fiz. É um livro relativamente curto, em páginas, poucas, 116, em histórias, muitas, 1116. Deveriam ter sido 5 eventos dramáticos, desoladores, mas a cada morte, lembranças. As figuras e seus respectivos feitos em vida tomaram mais a cena do que os fins. Ainda bem.

A obra é dividida em 5 grandes eixos por ordem atemporal dos sepultamentos, por tanto, Álvaro faz a primeira narrativa, sendo o último do grupo a juntar-se aos mortos. O "mosca morta" deles, egoísta, medroso, simplório e brocha. Definitivamente brocha. Foi traído pela mulher, Irene e sofreu por sessões de decepções com a filha Rita, pouco dotada intelectualmente. Amargurado e sem amigos, reclamava de um tudo. Morreu por acidente.

Na sequência, Silvio, solteirão convicto e feliz. Não se conformava com regras, convenções sociais, muito menos com os amigos que aceitavam a tudo isso de bom grado. Gostava da ilegalidade, clandestinidade, bacanais, casa na Glória e drogas, de todos os tipos. Separou da Norma, esqueceu da filha Vanda, mandou o filho para o colégio interno. Caiu na esbornia, da qual só saiu morto.

Adiante, Ribeiro. O estagnado. Nunca fora, nunca mais pode ser. Sem casamentos, sem filhos. Amou 1 única mulher por toda a vida, para a qual nunca se declarou. Foi trocado, traído, descabaçou várias, apanhou (...) morreu sozinho. 

Ainda tem o Neto, marido e homem honrado, vivia dentro dos conformes, tudo dentro da lei, seus únicos pecados, eram os amigos. Célia, bem o lembrara disso. Juntos, combinavam numa vida regrada, comedida e metódica. Funcionou com eles. Filhos planejados, conversas regulares, brigas arquivadas. Ela se foi, ele um ano depois. 

E por último, o Dom Juan do quinteto, sempre tem que ter o boa pinta da turma, o galã. Ciro, era o deles. Todos o amavam. Também, como não amar? Até eu o amei! Casou com a Ruth, amor a primeira vista, avassalador, arrebatador, o casal perfeito. Perfeito até cair na rotina, até sentirem falta do desconhecido e do frisson do começo, o êxtase do descobrimento do corpo alheio. Se conheciam demais, se amavam demais. Acabou. Ambos se acabaram. 

Fernanda me surpreendeu, dei boas gargalhadas. Provem também!




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