Sempre que faço resenhas sobre os livros de Clarice Lispector, Machado de Assis, Shakespeare, Fernando Pessoa, Álvares de Azevedo ... E Jane Austen, declaro uma batalha árdua não verbal comigo mesma! Tento me conscientizar que não poderei resenhar toda história em uma simples palavra: perfeição. Pois sinceramente, aplicada numa frase, em referência a algum desses escritores, acharia muito justo.
Declaro então, com muita relutância que essa resenha não acaba aqui – e prazer ao mesmo tempo -.
Viajar. Os livros tem a capacidade brilhante de transportar seus leitores para outra dimensão através da pura imaginação. Viajando. Jane Austen tem a capacidade de nos remeter a períodos remotos em cada passada de página. Viajei. “Orgulho e Preconceito” me encantou discretamente, sutilmente e agora que estou pensando a respeito, tomou – me de uma forma avassaladora também.
Toda a aura de jogos de interesses, bailes, cortejos, divisão de classes, jantares, convites, casamentos arranjados, chamaram minha atenção, ora pela riqueza da presença desses elementos e o quanto isso influência no sentido e decorrer da história, afinal, o meio interfere diretamente no enredo, ora porque eu tenho uma tendência a admirar todo esse contexto, até mesmo ao que referi a participação de Mrs. Bennett com seus nervos exageradamente sensíveis e futilidade vergonhosa. Pois sei que essa personalidade fez – se muito comum, e foram determinantes para as relações estabelecidas.
Mr. Darcy, meu caro Mr. Darcy! Com palavras de Elizabeth, entenderemos como esse nobre senhor se fazia uma figura paradoxal e apaixonadamente desconcertante “As maneiras de Mr. Darcy eram orgulhosas e desagradáveis, mas durante todo o curso das suas relações com ele e do contato frequente que ultimamente haviam tido, concedendo-lhe uma espécie de intimidade, nunca presenciara nenhum fato que provasse que ele era inescrupuloso e injusto ou que possuía hábitos irreligiosos ou imorais.”
Cada personagem emprega fundamental acréscimo ao enredo, seja a vaidade exacerbada de Lydia e Kitty, a pureza de Jane, espontaneidade de Elizabeth e o apreço – por mim muito admirado – de Mary pela boa literatura. Assim como os outros que não citarei especificamente, com respectivas particularidades.
“Orgulho e Preconceito” é um livro fantástico, que recomendo e sem dúvida já está entre os meus favoritos.
Extra para vocês! O filme tanto quanto lindo e recomendável. Aperte o play!